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segunda-feira, 11 de maio de 2020

LAICISMO X LAICIDADE


Ensinar sobre não é catequizar!

Ser “Laico”, no amplo sentido da palavra, ao aplicar-se o termo ao estado, é dizer que não há ligação ou pertencimento ao clero, mas que é separado do “sagrado” (entenda-se: religioso), isto é, “profano” (entenda-se: secular). Basta ler o dicionário mais popular existente, para chegar neste consenso!

No entanto, a religião faz parte da história do Brasil, que diremos então da humanidade! Não se pode falar da constituição de nenhuma nação sem a religião!

Ser laico, não é sinônimo de ateísmo! (Não, não é!) Até porque a tradução livre de Laico, que é proveniente do grego (Λαϊκός), é “pessoas”, ou seja, “do povo”. Como se entende que a nação brasileira NÃO É homogênea, mas diversa, por essa razão o estado se denomina laico, ou seja, “DO POVO”! Não de uma pessoa, ou grupo, mas deve buscar o bem comum! Isso é democracia! O ESTADO É DO POVO! É DELE E PARA ELE!

Logo, o estado laico não é antirreligioso, mas, assume a postura de neutralidade, sendo entendida como respeito a todas religiões existentes da nação e respeito até mesmo na ausência de um credo. Isto é, todo e qualquer cidadão tem o direito de exercer ou não a fé no que quer que seja.

Sabendo disso, muito impressiona algumas coligações ideológicas buscarem A PROIBIÇÃO DO ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS. Em outras palavras não deixa de ser claro o ataque à liberdade de expressão e cultura religiosa. Proibir isso é roubar a humanidade de suas origens e capacidade de escolher entre ter fé ou não! Desejam o “Laicismo” e não a Laicidade.

Discurso de ódio... Acusam daquilo que são praticantes fervorosos! Confesso que eu, como cristão, enxergo essa tentativa antirreligiosa, no que se denomina CRISTOFOBIA! (Já que o percentual maior no Brasil se trata de cristãos). Onde, pasmem, nos dias atuais, são feitos milhares de vítimas! E instituições como a ONU, por exemplo, se calam, se tornando cúmplices de tamanha crueldade, e repito: NOS DIAS ATUAIS! Em países da África e Oriente Médio, pessoas são assassinadas puramente por se denominarem cristãs!

Onde estão os direitos humanos nesse assunto? Onde estão as Organizações das Nações Unidas? Volto a dizer, milhares de cristãos são mortos apenas por se denominarem cristãos, mas ninguém das referidas ideologias “Laicistas” fala algo a esse respeito! Muito pelo contrário, usam meu Jesus com características afeminadas para satirizar minha fé e promover sua causa e viés ideológicos!

Enfim, o ESTADO é Laico, DO POVO E PARA O POVO! E como parte dele, nós cristãos, viveremos na liberdade de nossa fé, e vamos ENSINÁ-LA para a memória das gerações futuras. Torça o nariz quem quiser!


(Fernando Pinheiro)

sábado, 10 de dezembro de 2016

PARA QUE NATAL?

Assunto clichê? Pode ser! Talvez um tabu para alguns, sim, “essa data é pagã!” Ou melhor, “Jesus não nasceu nesse dia!” Frases de alguns radicais.

Vivemos em um mundo secularizado e muitos, apesar de abominar esse dia, desfrutam de seus benefícios comerciais, promoções, degustações e até mesmo recessos e folgas trabalhistas!  Irônico, não?!

Eu não estou preocupado se o Natal (festa que comemora o nascimento de Jesus há muito e muito tempo atrás...), foi inserida em lugar de uma festa pagã (pelo sol ou pela lua, tanto faz!), e nem mesmo se não é essa data (nem de perto) que o rebento de Deus veio a essa terra...

Há controvérsias, de fato, mas não estou “nem aí para a paçoca”!

ESSE É UM DIA QUE FAZ LEMBRAR... SIM, ESTÁ NA MEMÓRIA DO MUNDO, QUE ALGUÉM CONHECIDO COMO FILHO DE DEUS VEIO ATÉ NÓS!

Não importa se quem idealizou assim o fez para fins capitalistas. Não importa se quiseram substituir uma festa por outra como estratégia religiosa... O que me vale é que esse dia pode ser tão especial que todo ser humano pare para pensar! Nem que seja para duvidar, ao menos passará em sua mente algo a respeito do Ser Bendito.

É uma abertura, não vamos deixar o velhinho barrigudo, de trenó, com a rena do nariz vermelho, assumir o papel desse momento. Podemos oportunizar e, por fim, deixar claro às pessoas que nos rodeiam por causa de tal data, que nós pensamos no Filho de Deus não somente nesse dia, mas que podemos ter um relacionamento com Ele diário, e como é bom que estejam comemorando tal data por causa Dele!

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6)

O apóstolo, diz nas Escrituras que devemos falar do Evangelho em "tempo e em fora de tempo". Talvez este seja o tempo...


“Feliz Natal”!

sábado, 3 de dezembro de 2016

FÉ INTRIGANTE


Certa vez Jesus procurou um fruto numa árvore e não achou nada a não ser folhas. E por causa disso a amaldiçoou e dentro de instantes a mesma secou-se. Os seus discípulos ficaram aterrorizados com tal feito, pela simples palavra pronunciada e com o triste fim da figueira.

Jesus, pareceu ficar um pouco surpreso com a incredulidade dos seus discípulos e lhes disse que se tivessem fé, uma pequena fé, sim, do tamanho de um grão de mostarda, e eles poderiam dar ordens a um “morro”, qualquer que fosse, e esse se lançaria ao mar!

Tudo bem, isso de dar ordem a um “monte” pode ter sido uma ilustração, MAS JESUS UTILIZOU TAL PARA JUSTIFICAR SEU FEITO MILAGROSO, o de fazer uma figueira secar, apenas com uma ordem.

Olho para a situação atual da chamada Igreja em meus dias e procuro uma semente de mostarda que seja. E eu, falo com sinceridade, gostaria de ter ao menos uma! Os “montes” que conheço permanecem no mesmo lugar, pois nunca vi nenhum deles serem arremessados tão longe assim e nem mesmo perto...

Talvez você queira dizer que sou mero espectador falando assim desse jeito, mas você também é! Pois, se está lendo isso, com certeza possui tempo para especulações e reflexões do tipo (fique a seu critério). Agora, se está, intrigado, assim como eu, em algumas questões sobre a “fé”, então te convido a continuar por mais algumas linhas.

Pois bem, penso que o Mestre utilizou o termo "grão de mostarda" para afirmar uma grande verdade: que a fé é como uma semente! E sementes podem ser plantadas e podem crescer e virar grandes árvores e gerar frutos, gerando ainda mais sementes, nesse caso, como no exemplo de Mateus 13:31-32 (sobre o Reino), uma grande hortaliça (já que usou também como exemplo o grão de mostarda).

Fica claro, também, outra verdade, que a fé não é uma "substância" estática, se é que posso dizer. Existem de vários tamanhos!

“Então os discípulos chegaram-se a Jesus e, em particular, lhe perguntaram: Por qual motivo não nos foi possível expulsá-lo? E Ele respondeu: POR CAUSA DA PEQUENEZ DA VOSSA FÉ. Pois, com toda a certeza vos afirmo que, se tiverdes fé DO TAMANHO DE UM GRÃO DE MOSTARDA, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. E nada vos será impossível! ”

Repare que o Mestre afirma o motivo de seus discípulos não realizarem uma proeza: “pequenez da vossa fé”! Mas em seguida diz que se a fé dos mesmos for do tamanho de um “GRÃO”... (o restante você sabe!)

Irônico isso, não acha? Ao meu ver, intrigante! Mas, enfim, porque uma semente? Se Ele quisesse uma fé estática, teria dito um grão de areia ou uma pedra pequena, não sei! O que sei, partindo desse pressuposto, é que a fé se move! É uma substância, e viva! Pode ser plantada, regada e pode virar algo totalmente diferente do que era em seu início!

Na igreja primitiva os milagres aconteciam, tais como: tremores após orações; sombra que curava; coxos se levantando, etc. Ou seja, nas Escrituras, lemos sobre pessoas que receberam essa semente em sua vida e se tornaram verdadeiras "hortaliças" diante de Deus, abrigando em si muitos perdidos e necessitados.

Como precisamos dessa fé nos dias atuais! Uma fé que abriga e não que briga! Uma fé que une e acolhe, uma fé que não dá nominação a institutos ou edifícios, mas nomeia o verdadeiro Autor, aquele que disse “está consumado” ... O Autor e consumador... da nossa FÉ: JESUS!



Fernando Pinheiro